quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Intendentes e Prefeitos: Cel. Cyro de M. Borges

Intendente Cel. Cyro de Medeiros Borges
– 1916-1918 –

Mandato: 25 de abril de 1916 a 19 de julho de 1918.
Presidente da República:
Wenceslau Braz Pereira Gomes (15.11.1914-15.11.1918).
Governador da Bahia:
Antonio Ferrão Moniz de Aragão (28.03.1916-28.03.1920).

Ao terminar o mandato do Cel. Agrário de Magalhães Avelino (1912-1916), o Governador da Bahia Antonio Ferrão Moniz de Aragão (28.03.1916-28.03.1920) nomeou, o Cel. Cyro de Medeiros Borges para o cargo de 9º Intendente Municipal de Xiquexique, que tomando posse no dia 25 de abril de 1916, governou o Município até o dia 19 de julho de 1918. Junto com o Intendente foram nomeados os membros do Conselho Municipal de Xiquexique, para o mesmo quatriênio formado pelo seguintes cidadãos: Cel. Manoel Teixeira de Carvalho, Cel. Joaquim Honorato de Souza, Cel. Hermenegildo de Souza Nogueira, Cel. Francisco Xavier Guimarães e Cel. Francisco Dionísio dos Santos.
Ao ser empossado como novo Intendente, o Cel. Cyro Medeiros, não se sabe porque, nomeou dois cidadãos para exercerem a subintendência no Povoado de Canabrava do Gonçalo gerando com isso uma grande desavença política na região. Não obstante os nomeados serem parentes a população não aceitou a indicação de um dos subintendentes sob a alegação de que o mesmo era da religião protestante e uma comissão foi formada para, em Xiquexique tratar desse assunto com o Intendente Cel. Cyro e, na ocasião foi escolhido o Padre Francisco de Magalhães Sampaio, pároco da Matriz Senhor do Bonfim para intermediar o diálogo o que levou o Intendente a revogar a nomeação do protestante mantendo apenas o nome de Jovito Pereira Machado como subintendente..
Essa questão foi o estopim que deu origem, em 1917, no povoado Canabrava do Gonçalo a briga familiar conhecida como "Guerra da família Machado", fratricida, que causou grande desgaste ao intendente Cel. Cyro de Medeiros Borges.
Ainda em 1917, todo o vale do Rio são Francisco foi contemplado com um grande inverno que provocou a elevação das águas do rio com inundação das comunidades ribeirinhas e das ilhas do arquipélago que cerca Xiquexique. Grande parte das famílias xiquexiquenses mudaram-se para outros lugares mais altos da cidade, pois todas as ruas foram atingidas pelas águas. O Cel. Cyro viajou até Salvador a procura de recursos para resolver a grave crise provocada pela enchente e conseguiu obter do Governador o envio de alimentação, roupas, calçados e agasalhos para socorrer as famílias que estavam desabrigadas.
Em face dos graves conflitos que estavam acontecendo em Canabrava do Gonçalo o ano de 1918 começou muito difícil para o Cel. Cyro de Medeiros Borges, pois os políticos da oposição faziam intensa campanha contra sua permanência exigindo até a sua renúncia e entrega do cargo de Intendente ao Governador da Bahia.
A pressão política foi aumentando até que em junho de 1918 o Cel. Cyro de Medeiros Borges encaminha ao Governador da Bahia o seu pedido de renúncia o qual foi aceito, permanecendo contudo, em seus cargos os cinco integrantes do Conselho Municipal. Ato seguinte, em 03 de julho de 1918, o Governador da Bahia nomeia o Cel. Gustavo Pinheiro de Alcântara para substituir o Cel. Cyro de Medeiros Borges.
No período da gestão do Cel. Cyro de Medeiros Borges, aconteceram os seguintes fatos:
02 de fevereiro de 1917: Nasceu o Sr. João Rodrigues Soares que veio mais tarde a ser prefeito Municipal de Xiquexique. Casou-se com D. Neufrides de Assunção Rodrigues e dessa união tiveram 3 filhos.
22 de novembro de 1917: Nasceu em Xiquexique, Anita de Carvalho e Silva, filha de Genuíno Carvalho Santos e de Ana Gomes de Carvalho. Exerceu o magistério nas Escolas Reunidas Cezar Zama em Xiquexique, casou-se com Francisco Marçal da Silva, no dia 03 de julho de 1948, em Chique-Chique e tiveram seis filhos. Faleceu no dia 28 de outubro de 2002. Seu corpo foi sepultado no cemitério central da cidade de Chique-Chique.

OBS.: Informações extraídas e selecionadas do livro "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique Chique". Ed. 1999. Autor: Cassimiro Machado Neto

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