quarta-feira, 30 de junho de 2010

AGRADECIMENTO AO 50º SEGUIDOR


NOVO SEGUIDOR

O BLOG XIQUEXIQUE AGRADECE, SENSIBILIZADO, A CHEGADA DE MANOEL ANTÔNIO, PROMETENDO MANTER A MESMA LINHA EDITORIAL E ESPERANDO PODER CONTINUAR ATENDENDO A EXPECTATIVA DE TODOS OS QUE, GENTILMENTE, SE DIGNAM EM ACOMPANHAR ESTE MODESTO BLOG.

domingo, 27 de junho de 2010

Prefeito de Xique-Xique: Aurélio Gomes de Miranda

Prefeito Aurélio Gomes Miranda
– 1948-1951 –


Eleição: 21 de dezembro de 1947.
Posse: 15 de janeiro de 1948.
Mandato: 16 de janeiro de 1948 a 31 de janeiro de 1951.
Presidente da República: Eurico Gaspar Dutra (31.01.1946-31.01.1951).
Governador da Bahia: Otávio Mangabeira (10.04.1947-07.04.1951).

Extinta, em 29 de outubro de 1945, a ditadura de Getúlio Vargas (1930-1945) o Brasil voltou ao Estado de direito, com o ministro José Linhares, Presidente do Supremo, assumindo o Governo Federal (29.10.1945 a 31.01.1946) e convocando eleições para o dia 02 de dezembro, ocasião em que se apresentaram três candidatos à Presidência da República: o brigadeiro Eduardo Gomes (UDN), o general Eurico Gaspar Dutra (PSD/PTB) e o civil Ricardo Fiúza (PCB), sendo eleito o general Eurico Gaspar Dutra, para um mandato de 31 de janeiro de 1946 a 31 de janeiro de 1951, tendo o presidente eleito, no mês de setembro daquele ano feito a promulgação da Constituição Federal restabelecendo entre outras coisas as eleições para governadores, prefeitos e vereadores.
O cargo de prefeito municipal, criado em fevereiro de 1891, foi inicialmente denominado de Intendência municipal, sendo, todavia, o seu ocupante nomeado pelo governador.
O Sr. Aurélio Gomes de Miranda foi o primeiro prefeito municipal de Xique-Xique eleito pelo povo após uma convivência de 35 anos com prefeitos nomeados.
Após a nomeação do Sr. Laudelino Costa Torres para o cargo de secretário da Prefeitura, o novo prefeito mesmo estando consciente da escassez de recursos financeiros, após identificar as necessidades básicas do município, começou a trabalhar.
Inicialmente construiu um Posto de Puericultura e doou ao governo federal uma grande área de terreno urbano, localizada na periferia da zona sul da cidade, destinada à construção de um hospital regional. Não obstante o esforço do governo municipal a construção do hospital foi iniciado mas inexplicavelmente paralizada tendo permanecido inacabado por mais de 20 anos.
Não conseguindo sucesso na implantação de um hospital em Xique-Xique, e dispondo de alguma verba municipal, o Prefeito Aurélio Miranda dirigiu os esforços da Prefeitura para a construção do que seria a maior obra de sua administração: a construção do Mercado Municipal São Francisco. Foi um período de entusiasmo e orgulho para a população de Xique-Xique, assistir o dia a dia da construção do mercado e o surgimento de novas ruas no entorno. A obra realizada com a maior urgência possível, foi inaugurada no dia 25 de dezembro de 1950, tendo o evento sido prestigiado com a celebração de uma missa solene celebrada pelo padre Honório de Queiroz Rocha, ilustre sacerdote xiquexiquense e um discurso vibrante do vereador Custódio B Moraes.
Junto com o Prefeito foram eleitos os seguintes vereadores para a legislatura que começa em 1948 e vai até 1951, passando a Câmara Municipal de Xique-Xique a ter a seguinte composição: Custódio B Moraes, Domingos Leandro Machado, Eusébio Ferreira de Brito, Felinto Pires Maciel, Francisco Marçal da Silva, Marinho Pereira de Carvalho, Naylor de Souza Nogueira e Samuel Rodrigues Soares.
Alguns eventos importantes acontecidos durante a gestão do Prefeito Aurélio Miranda:

13 de fevereiro de 1948: Francolino José dos Santos se casou com Eufrosina Camandaroba dos Santos, no Fórum Rui Barbosa, na cidade do Salvador, capital do estado da Bahia.
19 de junho de 1948: Nasceu Custódia de Moraes, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia, filha de João Custódio de Moraes e de Maria Azevedo de Moraes.
22 de julho de 1948: Nasceu Onildo Ferreira de Almeida, em Chique-Chique, estado da Bahia, filho de José Canuto de Almeida e de Delfina dos Santos Almeida.
03 de julho de 1948: Francisco Marçal da Silva se casou com a Anita de Carvalho e Silva, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia.
15 de novembro de 1948: Foi fundada a Loja Maçônica Luz, Verdade e Justiça, da cidade de Chique-Chique, estado da Bahia.
23 de março de 1949: Nasceu Maria Rodrigues Baraúna, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia, filha de Joaquim Marcelino Rodrigues e de Antonia Joaquina Rodrigues.
05 de junho de 1949: É fundada uma Congregação Batista, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia. A instituição surge sob a liderança do Pastor Gutemberg Nery Guarabira, missionário da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira. A Igreja Batista de Barra é a patrocinadora do evento.
06 de julho de 1949: Nasceu José Alves Bonfim, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia, filho de Manoel Alves Bonfim e de Vanderlina Clemente Bonfim.
12 de julho de 1949: Clóvis Peregrino de Souza e Júlia Pereira de Carvalho se casam, na Vila de Tiririca, município de Chique-Chique, estado da Bahia.
24 de julho de 1949: Nasceu Pedro Pereira da Silva, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia, filho de Odilon Pereira da Silva e de Maria Joaquina dos Santos.
26 de julho de 1949: Nasceu Gildete Pires Miranda, na localidade de Arrecifinho, pertencente ao distrito de Uibaí – atualmente município –, município de Chique-Chique, estado da Bahia, filha de Ozias Pires Maciel e de Noeme Pires Maciel.
12 de agosto de 1949: Nasceu Terezinha Carvalho Machado, na vila de Uibaí – atual cidade de Uibaí –, município de Chique-Chique, estado da Bahia, filha de Nemésio Pereira Machado e de Ercília Carvalho Machado.
22 de setembro de 1949: Nasceu Francisco Alves da Silva, na vila de Marrecas, município de Chique-Chique, estado da Bahia, filho de Antonio Alves da Silva e de Joana Cunha Silva.
21 de outubro de 1949: Nasceu Tereza Francisca da Silva, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia, filha de José Francisco da Silva e de Ana Alves da Silva.
15 de fevereiro de 1950: Nasceu Carlos Gomes, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia, filho de Roldão Raimundo Gomes e de Josefa Miranda Gomes.
09 de abril de 1950: Nasceu Vilney Marques Feitosa, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia, filha de José Marques Feitoza e de Messias Xavier Feitoza.
12 de abril de 1950: Renunciou ao mandato na Câmara Municipal de Chique-Chique o vereador Francisco Marçal da Silva, por ter sido nomeado Coletor Estadual da vila de Central, distrito pertencente ao município de Chique-Chique, estado da Bahia.
29 de abril de 1950: Nasceu Maria das Graças Meira Barreto, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia, filha de Manoel José de Meira e de Gercina Firmo de Meira.
26 de maio de 1950: Nasceu Aracy Marçal de Carvalho, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia, filha de Francisco Marçal da Silva e de Anita de Carvalho e Silva.
29 de maio de 1950: Nasceu Laércio Muniz Ferreira, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia, filho de Maria Muniz Ferreira.
10 de junho de 1950: Nasceu Gilvani Alves de Castro Santos, na vila de Uibaí – atual cidade de Uibaí –, município de Chique-Chique, estado da Bahia, filha de João Alves de Castro e de Petronília Nunes de Castro.
03 de julho de 1950: Nasceu Lélia Maria da Silva Almeida, na vila de Central – atual cidade de Central –, município de Chique-Chique, estado da Bahia, filha de Pedro Antonio de Moura e de Maria Rosa da Silva.
28 de julho de 1950: Nasceu João Rodrigues dos Santos, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia, filho de José dos Santos e de Maria Pascoal Rodrigues
02 de outubro de 1950: Nasceu Gerino Nunes dos Santos, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia, filho de Arcanjo Nunes dos Santos e de Delzuíta Nunes dos Santos.
20 de novembro de 1950: Nasceu Newton Carvalho de Almeida, na vila de Central, município de Chique-Chique, estado da Bahia, filho de Marinho Alves de Almeida e de Estela Martins de Carvalho.


















Crônica: As Barcas à Vela e os "Remeiros" do Rio São Francisco



AS BARCAS À VELA E OS “REMEIROS”
Juarez M. Chaves
(Primeira Parte)

As barcas à vela do Rio São Francisco! Tenho uma ligação ancestral com esse meio de transporte fluvial até hoje utilizado no Velho Chico. O meu avô materno, José Custódio Ribeiro de Moraes, Seu Zeca, era proprietário de 3 barcas à vela que viajavam de Xiquexique para Juazeiro (BA), para Januária (MG) e uma delas fazia o percurso até a cidade de Barreiras (BA) via Rio Grande e Rio Corrente, afluentes da margem esquerda do São Francisco. Foi numa dessas viagens que um tio meu, Antônio Custódio de Moraes, comandante da barca que seguia até Barreiras (BA), encontrou a jovem Alice com quem se casou, abandonado totalmente a vida de barqueiro.
No decorrer dos anos 1950 eu gostava de ficar na beira do rio, sentado no cais, em Xique-Xique, admirando as barcas a vela, portando nas proas as mais variadas carrancas, atravessarem o Lago Ipueira e encostar no porto da cidade. Quando as barcas vinham com carregamento de cachaça e de rapadura a gente logo sabia que estavam chegando de Minas, principalmente da cidade de Januária (MG). Ao desatracarem de Xique-Xique com destino a Juazeiro (BA), descarregavam parte da carga de cachaça e rapadura e substituía por um carregamento de grãos, com predominância de mamona com destino às indústrias em Petrolina (PE).
Quando o vento estava forte e isso acontecia nos meses de julho a setembro, as barcas, garbosamente, abriam as suas velas e singravam, esbeltas, as águas do Lago Ipueira. Era um cenário muito bonito e eu ficava horas e horas, sentado no cais, admirando a habilidade daqueles homens rudes manobrando com destreza aqueles grandes e pesados barcos que obedeciam as ordens emanadas dos lemes e das velas, com a maior docilidade.
Lembro-me muito bem de uma velha barca portando uma enorme carranca que durante muitos anos ficou estacionada fora d'água, na Ponta Ilha e permaneceu naquele local até ser totalmente destruída pelo tempo. Essa barca era de propriedade do Sr. Zé Vermelho, barqueiro famoso. Não sei a causa do abandono daquela embarcação.
Ser barqueiro, dono de barca, em Xique-Xique era sinônimo de estar bem de vida. As barcas do São Francisco, inicialmente a vela e depois a motor, estavam para o rio assim como os grandes caminhões estão hoje para as rodovias. Além da importância para os transportes só podiam ser adquiridas por pessoas que disponham de capital. Em Xique-Xique conheci apenas dois barqueiros, quantidade ínfima se comparada às centenas de barcas que costumavam estar ancoradas no porto.
Dentre as inúmeras tradições do Rio São Francisco, os personagens que naquela época mais se destacavam eram o “barqueiro”, nome aplicado ao proprietário da barca e o “vareiro”, também conhecido como “remeiro”, importantes no intercâmbio entre as povoações ribeirinhas.
Com a chegada das barcas movidas a óelo diesel a profissão dos “remeiros”, gradualmente desapareceu. Mas eles, conseguiram se manter navegando exercendo outras atividades nas diversas modalidades de embarcações, sempre mostrando a mesma capacidade de resistir ao grande esforço físico exigido para essa atividade. Com o desaparecimento dos “remeiros”, também desapareceu as cantigas entoadas melancolicamente por eles, durante as subidas e descidas no rio. Algumas dessas cantigas até hoje permanecem na memória dos barranqueiros, como uma delas a que descreve as cidades das margens do São Francisco e que assim diz: Juazeiro da lordeza / Petrolina dos missais Santana dos cascais / Casa Nova da carestia / Sento Sé da nobreza / Remanso da valentia, Xique Xique dos bundões, Icatu cachaça podre / Barra só dá ladrão (neste último caso, aludindo com sarcasmo ao tradicional verso que diz: Barra só dá barão).
As barcas, à vela eram embarcações grandes com 12 a 15 metros de cumprimento e 3 a 4 metros de largura utilizadas para as viagens de longa distância. A partir da metade do Sec. XVIII os barqueiros passaram a exibir na proa da barca uma grande e especial carranca de madeira por acreditarem que assim estariam protegidos de naufrágios e outros males provocados por seres lendários que viviam no rio. Na parte da frente possuía uma área coberta com palha de carnaúba, chamada de “tolda” e que servia de proteção contra chuvas e sol, para o barqueiro e seus familiares durante as longas viagens. Era uma espécie de camarote que servia inclusive para dormir.
Nas laterais das barcas à vela existiam passarelas de aproximadamente 40 cm de largura por onde os “remeiros” caminhavam empunhando os remos ou as varas utilizadas para movimentar as barcas na ausência do vento. Essas barcas chegavam a viajar grandes percursos comerciando entre as cidades existentes no trecho do rio compreendido entre Juazeiro (BA) e Pirapora (MG). Às vezes, saindo da calha principal do rio, navegavam pelos principais afluentes como Rio Corrente e Rio Grande levando todo o tipo de cargas para os pontos mais longínquos do vale. Esses comerciantes ambulantes do Rio São Francisco, viajavam fazendo todo tipo de negócio com os estabelecidos na margem do rio. Vendiam de tudo desde tecidos a medicamentos de um modo geral, passando por produtos alimentícios e de armarinho. Era uma miscelânea fluvial. Outros, no entanto, especializavam-se apenas com o transporte a frete – era comum cargas de cachaça ou rapadura serem despachadas de uma cidade para outra.Também existia os que vendiam no varejo diretamente ao consumidor, os mais variados produtos como vestidos de algodão, agulhas, fitas, xales de todas as cores, sapatos etc.
Quando o vento era favorável, principalmente quando subiam o rio com destino às cidades de Minas Gerais, as barcas, garbosamente abriam as suas velas latinas, de formato triangular, e deslizando sobre as águas proporcionava um esperado descanso aos tripulantes. Nas calmarias ou quando encalhavam em algum banco de areia no meio do rio, porém, essas enormes embarcações eram impulsionadas pelos “remeiros”. Mas, quem eram os “remeiros”?
(continua na próxima semana)

sábado, 26 de junho de 2010

Por do Sol em Xique-Xique (BA)


POR DO SOL
(Foto de João Machado)

A foto ao lado registra o momento em que o pescador sãofranciscano encerra a sua faina diária e retorna ao porto da cidade com o produto do seu trabalho naquele dia.
Já chega cansado e mal encosta a sua canoa ao lado da dos demais companheiros, imediatamente se dirige para a sua residência, ansioso pelo merecido descanso.
Pelo cansaço e por estar ali diariamente, não se deleita com o belo por do sol que se apresenta às suas costas.

Fotos de Amantes: Casal de Equinos



OS AMOROSOS EQUINOS
Poucos fotógrafos têm a feliz oportunidade de registrar o flagrante da foto ao lado.
Muitos de nós pensam que somente a espécie humana pode se dar ao luxo e ao prazer do exercício da dupla carícia.
Chegam a pensar, ainda, que as demais espécies não têm desejos sexuais e por instinto praticam o sexo apenas por uma exigência da preservação da respectiva espécie.
Como estão enganados. Reflitam sobre a foto e tirem suas conclusões.

Foto Antiga: A grande enchente de 1949


XIQUE-XIQUE (BA) SOB AS ÁGUAS


A foto de 1949 (61 anos), mostra a Rua da Frente inundada pela enchente do rio São Francisco ocorrida naquele ano.
O anônimo pescador, mesmo convivendo, diariamente sobre as água do Velho Chico, mostra-se ressabiado e admirado com o casario que abrigava o comércio local, totalmente submerso e com as portas lacradas.
Para onde teriam ido os comerciantes?
Pensa o velho canoeiro. Coisa estranha e paisagem incomum essa estória do rio encher e expulsar os moradores para as partes mais altas da cidade.

Propaganda antiga: Óleo Glostora


ÓLEO GLOSTORA



"… Mas que diferença!
Qual será o segredo do cavalheiro da esquerda, que o cavalheiro da direita ainda não descobriu? É o conhecimento de que os produtos inferiores empastam e engorduram os cabelos, ao passo que GLOSTORA é o preparado moderno, que realça todo o brilho natural dos cabelos, perfumando-os discretamente e fixando-os prolongadamente!
EVITE O PENTEADO-FORÇADO
SEUS CABELOS MERECEM"
Assim alardeava o reclame do Óleo Glostora na década de 1950, quando estava na moda os homens andarem com os cabelos empastados de óleos ou brilhantinas.
Não entendi, contudo o problema do "cavalheiro da direita" que também está com os cabelos bem penteados e oleados.
Será que as meninas daquela época conheciam, pelo olhar, quando o homem não estava lambuzando os cabelos com óleo Glostora?
Os mais velhos com a palavra.

Fato Histórico: Time de Futebol de 1922

Futebol em Xique-Xique (BA)

Não é de graça que o futebol é o esporte tido como brasileiro apesar de haver nascido em outro País. E isso é mais visível nos períodos de disputa de Copa do Mundo, como a que estamos vivendo atualmente.
Xique-Xique, a exemplo das demais cidade do Brasil, sempre dedicou especial importância a esse esporte. Sempre possuiu, desde o século passado, bons times de futebol, tidos como os melhores da região e sempre administrados por cidadãos aficcionados, destacando-se entre eles, o Sr. João Pacheco, o Sr. Adonias e o Dr. Hélcio Bessa, que tinha como base do seu time os estudantes do Ginásio Senhor do Bonfim.
A foto histórica aqui exposta, do ano de 1922, mostra o que por tradição seria o primeiro time de futebol de Xique-Xique, mantido e liderado pelo jóvem desportista João Batista Avelino, conhecido como Janjão. Formavam o time os seguintes rapazes xiquexiquenses: Antonio Bastos (1), (2), Messias (3), Saul (4), Acrísio (5), Gustavinho (6), Janjão (7), Chico Farias (8), Lameu (9), P. Wid (10) e Magalhães (11).

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Aniversário do BLOG XIQUEXIQUE



PRIMEIRO ANIVERSÁRIO

É com satisfação que o modesto Blog XIQUEXIQUE comemora hoje, dia 24 de junho, o seu primeiro aniversário.
Durante os últimos 12 meses o Blog XIQUEXIQUE tem se pautado por uma linha editorial que dá ênfase às coisas de Xique-Xique (BA), principalmente os fatos históricos, casos interessantes, fotografias antigas e principalmente crônicas relacionadas com o dia a dia da cidade.
Não obstante a importância das mesmas, temos evitado a publicação de matérias políticas partidárias para que o Blog seja veículo de assuntos amenos que possam ser assimilados por um maior número de seguidores, além do que para os assuntos de política partidária local já existem outros importantes blogs administrados por ilustres xiquexiquenses.
Aproveito a oportunidade para agradecer a confiança dos 49 seguidores e continuarei o esforço semanal para divulgar as coisas da nossa querida Xique-Xique.
Juarez Moraes Chaves

domingo, 20 de junho de 2010

A GRAFIA DO NOME DE XIQUE-XIQUE (BA)


"A VOZ", conhecido periódico de Xique-Xique, em importante e gentil comentário feito no dia 20 do corrente sobre O CENTENÁRIO DE XIQUE-XIQUE, matéria publicada no modesto Blog XIQUEXIQUE, entre outras coisas sugere que eu "buscasse ver a grafia do nome Xiquexique".
Em atenção ao pedido formulado pela A VOZ, e para que os demais leitores tenham oportunidade de se pronunciarem sobre tão polêmico assunto, publico alguns tópicos da matéria postada no Blog XIQUEXIQUE no dia 13 de março do ano em curso, sob a denominação de "O NOME DA CIDADE" que trata exatamente do assunto ventilado pelo comentarista.
Após fazer as devidas pesquisas sobre a grafia do nome da nossa querida cidade de Xique-Xique, o nosso historiador e pesquisador Professor CASSIMIRO MACHADO NETO, publicou as suas conclusões em interessante artigo denominado "Polêmica em quarta dimensão", no seu já famoso livro "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique" onde esclarece a real grafia do nome da nossa cidade.
Inicia a matéria perguntando se o nome deve ser CHIQUE-CHIQUE, XIQUE-XIQUE, XIQUEXIQUE ou CHEGUE-CHEGUE.
O Professor Cassimiro Neto, inicia o seu artigo informando a existência, em Xique-Xique, de algumas questões polêmicas e, dentre elas a forma correta da grafia do nome da cidade. Para dirimir qualquer dúvida, da sua parte, apresenta a seguinte explicação:
"... desde o diário de Duarte Coelho Pereira, de 1545, grafou-se o vocábulo Chique-Chique e não existe qualquer lei determinando a mudança para Xique-Xique e muito menos para Xiquexique – como os sábios de plantão querem –, qual é o correto Chique-Chique, Xique-Xique, Xiquexique ou Chegue-Chegue?Esta segunda polêmica (em duas dimensões – Chique-Chique ou Xique-Xique?) nasceu a partir do dia 16 de janeiro de 1948, quando aparece grafado, pela primeira vez, o vocábulo Xique-Xique. A primeira vez que o município tem seu nome grafado Xique-Xique acontece no dia 16 de janeiro de 1948 na ata de posse do Prefeito Aurélio Gomes Miranda. Os documentos mais antigos referentes à história do município se encontram no Arquivo Público da Bahia, na cidade do Salvador. Estes documentos foram pesquisados, anotados e tiveram certidões feitas no mês de fevereiro de 1996. Nos documentos pertencentes ao riquíssimo acervo do Arquivo Público da Bahia, assim como nos arquivos da Prefeitura Municipal, da Câmara Municipal, da Comarca, da Paróquia do Senhor do Bonfim da cidade de Chique-Chique e de todas as demais fontes consultadas, cujos registros se referem a atos praticados e anotados nos livros de atas das mais diversas finalidades até o ano civil de 1947 o nome do município está grafado Chique-Chique. De acordo com a Constituição Federal de 1946, entretanto, os topônimos municipais, estaduais e federais somente poderiam mudar de nome ou de grafia mediante um longo processo que seguiria trâmites estritos, passando por plebiscito junto à população interessada, votações do Poder Legislativo responsável, aprovação da Justiça e sanção do Poder Executivo. No caso específico de Chique-Chique este processo inexistiu, havendo uma mudança ortográfica fruto de idéias pessoais, descumprindo a norma constitucional. Ficou para a História Municipal a polêmica: Chique-Chique em função das belezas naturais da ipueira, do arquipélago – em torno da comunidade – e da Lagoa de Itaparica ou Xique-Xique – por que haveria abundantemente um determinado tipo de ‘cactus’ (que não dá fruto nem sombra e não oferece qualquer utilidade humana ou animal) – e este sim deu origem ao nome do lugar? Por que este lugar deveria ter o nome deste cactus? Por que ele existe em abundância neste vale úmido? Que fim tomou a abundância de cactus que existia neste lugar? Por que há tanto mandacaru neste vale e raramente se encontra um exemplar de xique-xique? Por que a Academia de Lisboa e das colônias portuguesas nas terras africanas e asiáticas iria, na década de 1940, propor reformas na Língua Portuguesa e se preocuparia com vocábulos provenientes das línguas nativas brasileiras e sugerir suas alterações? Por que a velha Metrópole iria se preocupar e se interessar em alterar o topônimo do povo autóctone e tirar a palavra Chique-Chique e determinar que se escrevesse Xique-Xique? Afinal, qual o interesse de Portugal em fazer alterações em palavras indígenas que eles e as demais colônias desconhecem completamente? Dezenas de questionamentos que os sábios chique-chiquenses (ou xique-xiquenses, xiquexiquenses ou chegue-cheguenses?) não respondem convincente e satisfatoriamente. Apenas conversa fiada, sem base histórica ou legal. Qual grafia será a correta, mais simpática e mais chique? Chique-Chique, Xique-Xique, Xiquexique ou Chegue-Chegue? Xiquexique, a mais recente invenção de alguns entendidos e intelectuais da terra? Grande parte da população adulta que viu a mudança artificial e inconstitucional ocorrida no dia 16 de janeiro de 1948 garante que a cidade de Chique-Chique era um comunidade mais feliz quando seu nome derivava de suas belezas naturais. Muitas pessoas remanescentes da geração de 1948 afirmam que a ortografia Xique-Xique tirou parte do grande encanto e da beleza do município. Ficou a polêmica: Chique-Chique ou Xique-Xique? Para aumentar o caos apareceu recentemente esta outra discussão: Xique-Xique ou Xiquexique? O pesquisador usa nesta obra Chique-Chique."
Após adotar a forma CHIQUE-CHIQUE para os seus trabalhos, o Professor deixa em aberto as grafias XIQUE-XIQUE, XIQUEXIQUE e CHEGUE-CHEGUE, sendo que esta última apareceu em um almanaque publicado pela CODEFASF. Vejamos abaixo o resultado da pesquisa sobre a horrorosa forma CHEGUE-CHEGUE, colocada no trabalho do ilustre Professor como simples anedotário, creio.
"E Xique-Xique, junto com Xiquexique – e agora Chegue-Chegue? Os leitores que se interessarem por participar de forma construtiva nesta quádrupla polêmica (Chique-Chique, Xique-Xique, Xiquexique ou Chegue-Chegue?) devem procurar e (devem) ler (atentamente) o tópico descritivo sobre Gentio do Ouro, nas páginas 128 e 129 do Almanaque Vale do São Francisco (2001), obra preparada e publicada pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco – CODEVASF. Peguem uma boa ponga na transcrição abaixo: 'Gentio do Ouro Histórico Município criado com nome de ‘Gameleira’ e território desmembrado do município de Xique-Xique, pelo Ato Estadual de 09.07.1890, sendo instalado em 09.12.1890 pela Lei Estadual nº 2017, e 02.08.1927. O município recebeu o nome de ‘Assuruá’. Foi o município extinto pelos Decretos Estaduais nº 7455, de 23.06.1931 e nº 7470, de 08.07.1931, que anexaram o seu território ao município de ‘Chegue-Chegue’ e criaram na vila de ‘Assuruá’ uma subprefeitura. Foi em seguida restaurado, com território, com território desmembrado do município de ‘Chegue-Chegue’ e sede em ‘Santo Inácio’, pelo Decreto Estadual nº 8546, de 15.07.1993, sendo reinstalado em 09.08.1993. Parece piada de mau gosto, mas não é, infelizmente. Então, a partir do exame acurado, cada pessoa interessada deve também entrar nesta salgada quádrupla polêmica. Haja paciência. Santa paciência.O autor está fora.”

Este interessantíssimo trabalho do Professor Cassimiro Neto deve servir de base e esteio para novas pesquisas que venham a ser feitas sobre a polêmica questão. Da minha parte, por residir em Fortaleza (CE), bem longe de Xique-Xique, fisicamente vez que espiritualmente sempre estou presente na cidade, fica difícil uma pesquisa nos arquivos público da Bahia. De qualquer forma, acredito que o Órgão competente para dar uma palavra final sobre o assunto é a Academia Xiquexiquense de Letra. Com a palavra os nossos Acadêmicos.

Fotos de Amantes: Casal de Gatos

CASAL DE GATOS

Pelos fofos tecidos que os cercam e pela postura do bichano, podemos afirmar que se trata de um casal de felinos em lua de mel.

Apesar de não precisar de todo essa aparato, pois bastaria um bom telhado e uma noite enluarada, a bichana, pelo visto, não abre mão do conforto e da mordomia dos lençóis em troca do risco e do descampado de um telhado, mesmo banhado pela lua.

Foto Antiga: Feira Livre em Xique-Xique (BA)

FEIRA LIVRE

Esta foto é da década de 1950 e registra a Feira Livre que, naquele tempo era realizada na rua Beira Rio, em frente ao cais.
Era o tempo em que os feirantes e suas mercadorias chegavam em grandes tropas de burros que viajavam léguas e mais léguas para chegar a Xique-Xique. Era bonito a entrada na cidade dessas tropas vindas de cidades e distritos que ficavam a uma distância de quase 20 léguas, composta por dezenas de animais disciplinados e dirigidos pela "madrinha da tropa" representada por uma mula muito bonita, bem enfeitada de moedas e medalhas, portando pelos arreios de couro pequenos sininhos e guizos que com o andar do animal tilintavam durante todo o trajeto, servindo de guia para os demais asnos.
Reparem nas cangalhas arrumadas no meio da rua (os animais, durante a feira ficavam em roças alugadas, na beira do rio, alimentando-se e descansando da viagem). Vejam o constante uso do chapéu e mesmo do paletó entre os feirantes.
Era uma época em que tínhamos a felicidade e a alegria de, enquanto se "fazia a feira" admirar o rio que estava logo alí repleto de canoas e paquetes, também, carregados com os produtos horti-granjeiros vindos das ilhas que eram vendidos nos fins de semana. Muitos de nós descíamos pelas várias rampas existentes para na beira d'água negociar cada compra.
NESSA ÉPOCA NÃO EXISTIA O HORROROSO PAREDÃO QUE NÃO SÓ ENFEIA A NOSSA CIDADE COMO LIMITA O ACESSO DO POVO À BEIRA DO RIO, SEM SE FALAR DO GRANDE PROBLEMA DE ORDEM HIGIÊNICA E DE SAÚDE PÚBLICA PARA A NOSSA COMUNIDADE.
Parodiando Cícero, poderíamos gritar:
ATÉ QUANDO "PAREDÃO", ABUSARÁ DA NOSSA PACIÊNCIA?

Por do Sol em Xique-Xique (BA)


POR DO SOL

Xique-Xique, por estar espremida entre o Rio São Francisco e o Bioma Caatinga apresenta muitas diversidades, principalmente quando se trata do Por do Sol.

Quando visto da beira do rio, o Sol, ao se esconder por detras da Ilha do Gado Bravo, tendo entre si e a cidade o belo Lago Ipueira, mostra-se de uma beleza incomensurável ao transformar o Lago em ouro liquefeito.

Quando visto na caatinga, se apresenta como uma grande bola de fogo mais parecendo um grande incêndio que está a destruir toda a vegetação.

São essas referências que fazem de Xique-Xique uma cidade ímpar em belezas naturais, potencial que deve ser desfrutado pelos xiquexiquenses e aproveitado pelas autoridades municipais para incrementar o turismo na nossa cidade.

Bando de Lampião: CORISCO - O Diabo Louro

Corisco, o compadre de Lampião

Cristino Gomes da Silva Cleto era o verdadeiro nome do cangaceiro CORISCO, também conhecido como “Diabo Louro”, por causa da sua cabeleira longa e loura. Era famoso por sua beleza, seu porte atlético e, principalmente, pela sua grande força física e extraordinária coragem. Nasceu em 1907, no município de Água Branca (AL).
Em 1924, foi convocado pelo Exército Brasileiro, mas, desertou por não se acostumar com o serviço militar. No ano de 1926, tomou a decisão de aliar-se ao bando do Capitão Virgulino Ferreira da Silva, Lampião.
De 1921 a 1934, Lampião dividia seu bando, de mais de 50 homens, em vários subgrupos, que eram liderados pelos principais cangaceiros da sua confiança, destacando-se Corisco, Moita Brava, Português, Moreno, Labareda, Baiano, José Sereno e Mariano. No entanto, para Lampião, o bando comandado por Corisco era o mais importante de todos. Além de compadres eram grandes amigos.
Desentendimentos com o chefe Lampião levaram Corisco a separar-se do bando e a formar seu próprio grupo de cangaceiros, mas isso não afetou o relacionamento amigável entre ambos, pois continuaram a amizade e se tratavam como compadres.
Em meados do ano de 1938 quando a polícia alagoana matou e degolou os onze cangaceiros que se encontravam acampados na fazenda Angico, no estado de Sergipe, inclusive Lampião e Maria Bonita, Corisco, que estava na fazenda Emendada, em Alagoas ao receber a notícia, não se conformou com a morte do amigo e compadre e, a seu modo, vingou-os furiosamente matando todos os membros da família tida como delatora do esconderijo do bando de Lampião.
Ainda no bando de Lampião, Corisco raptou a menina de 13 anos, Sérgia Ribeiro da Silva, que ficou conhecida como Dadá, colocando-a na sela do seu cavalo e fugindo para o interior da caatinga. Dadá era uma morena muito bonita, com 1,70 m de estatura e longos cabelos pretos. O começo do relacionamento de Corisco com Dadá foi caracterizado pelo uso da violência e da força contra a menina. Com o passar do tempo, porém, o cangaceiro se tornou mais delicado, e a violência se transformou em imenso amor, tendo, Corisco, permanecido fiel até a sua morte. O casal Corisco e Dadá tiveram 7 filhos porém apenas 3 sobreviveram. Corisco, carinhosamente, da mesma forma que treinou Dada no uso de diversos armamentos, lhe ensinou a ler, a escrever e a contar.
Com a morte de Lampião, Corisco assumiu totalmente o comando do bando. No entanto, em 1939, durante um duro combate contra três volantes, na fazenda Lagoa da Serra, em Sergipe, foi gravemente ferido tendo ficado com a mão direita paralisada e o braço esquerdo atrofiado. A partir desse dia, Dadá se tornou a primeira (e única) mulher no cangaço a utilizar um fuzil. A deficiência fisica, a redução do apoio dos coiteiros e a deserção dos cangaceiros que após a morte de Lampião começavam a querer mudar de vida levou Corisco a dissolver o bando e, também, abandonar o cangaço.
Apenas na companhia de Dada e do cangaceiro Rio Branco e sua mulher partiram para o sul da Bahia, à procura de um refúgio seguro. Foi uma longa jornada pelo sertão, muitas vezes tendo que se disfarçar vestindo roupas de vaqueiro e cortando os longos cabelos loiros, para não ser reconhecido. Levava consigo, toda a fortuna que conseguira amealhar durante o cangaço, representada, principalmente, por moedas de ouro, com a qual pretendia adqurir um imóvel rural e ali terminar os seus dias em companhia da mulher amada e os 3 filhos que restaram.
Porém, no dia 25 de maio de 1940, estando escondido numa casa na cidade de Barra do Mendes (BA) foi descoberto pelo tenente José Rufino, que lhe deu a chance de se entregar. Preferindo, contudo, a resistência Corisco foi atingido na barriga por uma rajada de metralhadora, vindo a falecer. Naquele mesmo conflito, Dadá foi atingida na perna, porém, teve a vida poupada e foi capturada viva, vindo mais tarde a ter a perna amputada em consequancia do tiro.
Corisco foi enterrado em Jeremoabo, na Bahia. Depois de alguns dias sua sepultura foi violada, e seu corpo exumado. Seus restos mortais ficaram expostos durante 30 anos no Museu Nina Rodrigues ao lado das cabeças de Lampião e Maria Bonita.
Com a morte de Corisco o cangaço se extingiu no Nordeste.
A bravura e a crueldade de Corisco foram celebradas pelo cineasta Glauber Rocha, no filme Deus e o diabo na terra do sol.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Fato Histórico: O Centenário de Xique-Xique (BA)

O CENTENÁRIO DE XIQUE-XIQUE
06 de julho de 1932

Não obstante já estar se tornando uma tradição, a anual Festa da Cidade realizada no dia 13 de junho em comemoração ao aniversário de Xique-Xique, existem, no entanto, alguns históricos pesquisadores que insistem na mudança da data da festa argumentando que Xique-Xique surgiu como cidade em outro dia e em outro ano.
Segundo o nosso historiador CASSIMIRO MACHADO NETO, em seu livro “Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique” Ed. 1999, "o Município de Xique-Xique (BA) foi emancipado do Município de Jacobina (BA) no dia 06 de julho de 1832, por Decreto do Conselho Provincial da Bahia, tendo sido instalado no dia 23 de outubro de 1834, com a posse da primeira Câmara de Vereadores, composta por 7 vereadores eleitos pelo povo. Informa ainda o nosso historiador que a sede do município permaneceu durante 96 anos com a denominação de VILA, pois, pela Constituição Imperial, de 25 de março de 1824, esse era o nome dado a todo município que fosse criado cuja sede tivesse menos de (5.000) cinco mil habitantes. Somente em 13 de junho de 1928, quando a sede do município atingiu a marca de 5.000 habitantes, recebeu a denominação de CIDADE, através da Lei Estadual nº 2.082."
Em função dessas históricas informações o Prefeito Municipal Cel. José de Souza Nogueira, (1930-1933), resolveu comemorar o centenário da emancipação política da cidade no dia 06 de julho de 1932, festa que foi amplamente divulgada pelo semanário A LUZ, edição de 02.07.1932, com o seguinte título:

Como Vai Ser Solenizado o CENTENÁRIO DE EMANCIPAÇÃO DE CHIQUE- CHIQUE”.
Apesar do momento não ser oportuno, reina grande entusiasmo na população desta Cidade, que sem medir sacrifícios, está concorrendo para o realce da comemoração do centenário da elevação à vila.
O União Futebol Clube, recentemente organizado, está à frente com um bom programa para encher a tarde de alegria (...); (...) com uma partida dos seus dois grupos denominados Botafogo e Ipiranga.
O hipódromo tomará parte também inaugurando o seu campo nesta tarde, com boas corridas.
O Grupo Dramático 6 de Julho solenizará encenando o atraente drama “O Filho Natural” e a engraçada comédia “A Casa de Doidos”.

Informa ainda o semanário, intensamente pesquisado pelo historiador CASSIMIRO MACHADO NETO, que foram realizadas palestras, desfile dos estudantes, um desfile de cavaleiros representando todos os distritos do município; um baile patrocinado pela Prefeitura Municipal realizado em seus salões e vários discursos proferidos por Dr. Vítor Farani, Promotor Público de Xique-Xique, Dr. Oscar Coelho de Aquino, médico da cidade, Dr. Vanderlino de Souza Nogueira, Juiz Municipal de Açuruá, encerrando-se o evento com o discurso do Dr. Philemon Cecílio de Souza, Juiz de Direito da Comarca.
A reportagem é concluida com a relação dos colaboradores da festa do centenário de Xique-Xique: Cel. José de Souza Nogueira, Prefeito, Cel. Francisco Xavier Guimarães, Cel. Gustavo Pinheiro de Alcântara, Dr. Philemon Cecílio de Souza, Dr. Vanderlino de Souza Nogueira, Dr. Vítor Farani, monsenhor Costa, Cel. Hermenegildo de Souza Nogueira, Cel. Lithercílio Batista da Rocha, Cel. Manoel Teixeira de Carvalho, Sr. Francolino José dos Santos, Cel. Agrário de Magalhães Avelino, tenente Manoel Nunes Damásio, Sr. Laurindo A. Roiz Soares, Sr. José Custódio de Morais, Sr. João Batista Avelino, Sr. João Rodrigues Soares, Sr. Eusébio Ferreira de Brito, Sr. Manoel Custódio de Morais, Sr. João Xavier Guimarães, Sr. Luiz Alves Bessa, Sr. Valdemar Franca, Sr. João Ribeiro Cunha, Sr. Filadelfo Miranda, Sr. Vanderlino Moreira, Sra. Mariana Bastos, Sr. Júlio Afonso e Sr. Tiburtino Barreto.
Para marcar a importante festa da comemoração do centenário da cidade o Prefeito Cel. José de Souza Nogueira construiu uma pequena pracinha nos fundos da Igreja Matriz à qual denominou de Praça 6 de julho.
Essa Pracinha foi a escolhida,mais tarde, para abrigar a “Caldeira” que tantos bons serviços elétricos prestou à população de Xique-Xique por muitos anos, tendo sido uma decisão feliz a de conservar o equipamento para as gerações futuras. Em função disso a pracinha hoje é conhecida como Praça da Caldeira. Mas quem quiser pode ver que o nome é Praça 6 de julho, numa pequena placa afixada na parede do Clube Operário.
Assim, a nossa cidade fará no próximo dia 6 de julho, 178 anos de idade e não os 82 como recentemente comemorados.
No ano de 2002, a Academia de Letras de Xiquexique, celebrou uma justa homenagem à referida data histórica relembrando o Decreto Imperial que criou o nosso Município em 1832. Não obstante o esforço essa data ainda não tem a devida importância dentro do nosso calendário de eventos comemorativos. É desconhecida inclusive, pelos professores locais e pelos estudantes.
Precisamos retificar as nossas datas históricas.

Prefeito: Francisco Emerenciano da Cruz


Prefeito Francisco Emerenciano da Cruz

Mandato: 12 de dezembro de 1947-16 de janeiro de 1948.
Presidente da República: Eurico Gaspar Dutra (31.01.1946-31.01.1951).
Governador da Bahia: Otávio Mangabeira (10.04.1947-07.04.1951).

No dia 29 de novembro de 1947, o Prefeito Municipal de Xique-Xique (BA), Sr. Custódio Moraes, em companhia do deputado Adão Bastos, adentra o gabinete do Governador Otávio Mangabeira e lhe entrega a carta de renúncia ao Poder Executivo Municipal. Em vista da urgência demandada pelas eleições municipais marcadas oficialmente para o dia 21 de dezembro daquele ano, o Governador aceitou a renúncia do Prefeito Custódio Moraes, bem como concordou com a sugestão dos políticos de Xique-Xique em que o mesmo fosse substituído, na complementação do mandato, pelo cidadão Sr. Francisco Emerenciano da Cruz, que, ao tomar posse no dia 12 de dezembro de 1947, passaria para a história como o 12º e último Prefeito Municipal de Xique-Xique, nomeado pelo governador do Estado, fechando assim o ciclo de quinze anos das nomeações aleatórias iniciadas no dia 20 de novembro de 1930, do Prefeito Cel. José de Souza Nogueira.
O novo Prefeito Sr. Francisco Emerenciano da Cruz era homem experimentado no serviço público, já tendo desempenhado, no ano de 1946, a função de secretário da Prefeitura na gestão do Prefeito Dr. Naylor de Souza Nogueira.
A notícia das próximas eleições municipais, marcadas para o dia 21 de dezembro de 1947 trouxe para os milhares de habitantes de Xique-Xique muita alegria e animação por terem a oportunidade de elegerem o seu prefeito e os seus legisladores. Pelo exíguo tempo em que passou à frente do Poder Executivo o Prefeito Sr. Francisco Emerenciano da Cruz, teve tempo, apenas de se portar como exemplar magistrado durante o pleito eleitoral.
O poder Legislativo Municipal extinto desde o ano de 1937 pelo ditador Getúlio Vargas, nas eleições de 1947 volta a ser restaurado recobrando a mesma denominação e incumbência que possuía durante o Regime Imperial (1822-1889): Câmara Municipal.
Para as eleições municipais de 1947, apresentaram-se como candidatos a Prefeito o Sr. Aurélio Gomes de Miranda, residente em Xique-Xique e o Sr. José Peregrino de Souza, residente na vila de Tiririca.
Para as nove cadeiras da Câmara de Vereadores apresentaram-se mais de duas dezenas de candidatos, representando a sede municipal, os cinco distritos e alguns povoados.
Na primeira semana de janeiro de 1948, a Justiças eleitoral divulgou os nomes dos candidatos vencedores: Para Prefeito venceu o Sr. Aurélio Gomes Miranda e a Câmara Municipal ficou assim representada: Sr. Custódio B Moraes, Dr. Naylor de Souza Nogueira, Sr..Samuel Rodrigues Soares, representantes da sede municipal, Sr. Domingos Leandro Machado, Sr. Marinho Pereira de Carvalho, representantes do distrito de Uibaí, Sr. Eusébio Ferreira de Brito, Sr. Felinto Pires Maciel, representantes do distrito de Central e o Sr. Francisco Marçal da Silva representante do distrito de Marrecas.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

AGRADECIMENTO AO NOVO SEGUIDOR


O NOVO SEGUIDOR

O BLOG XIQUEXIQUE AGRADECE, SENSIBILIZADO, A CHEGADA DE HELDER NOVAIS BESSA, PROMETENDO MANTER A MESMA LINHA EDITORIAL E ESPERANDO PODER CONTINUAR ATENDENDO A EXPECTATIVA DE TODOS OS QUE, GENTILMENTE, SE DIGNAM EM ACOMPANHAR ESTE MODESTO BLOG.

domingo, 13 de junho de 2010

AGRADECIMENTO AO NOVO SEGUIDOR


O NOVO SEGUIDOR
O BLOG XIQUEXIQUE AGRADECE, SENSIBILIZADO, A CHEGADA DE RAFAEL MACEDO, PROMETENDO MANTER A MESMA LINHA EDITORIAL E ESPERANDO PODER CONTINUAR ATENDENDO A EXPECTATIVA DE TODOS OS QUE, GENTILMENTE, SE DIGNAM EM ACOMPANHAR O MODESTO BLOG XIQUEXIQUE.

O HOTEL DE XIQUE-XIQUE

O HOTEL

Mesmo estando residindo fora de Xique-Xique, não poderia me furtar a divulgar, no modesto BLOG XIQUEXIQUE, esse grande evento que acabou de acontecer na minha terra: a inauguração, no dia 08 p/passado, do excelente "Hotel J. Macêdo".
Louvando-me nas informações colhidas no Blog XiqueSampa e no Blog do Zeca, posso afirmar, sem sobra de dúvida que se trata de um grande empreendimento que em muito contribuirá para o conforto dos nossos visitantes e o engrandecimento econômico-social da cidade.
Pela descrição contida nos Blogs, trata-se de um empreendimento de alto nível com 40 apartamentos, sendo a metade deles na categoria luxo, distribuidos num moderno edifício de mais de 2.000 m² de construção, situado na Rua Rosa Baraúna, 255, considerado por mais de 3 centenas de pessoas que participaram da festa de inauguração, como um dos melhores e mais sofisticados hotéis da microrregião de Xique-Xique.
Desejo, pois, como xiquexiquense que sempre está interessado pelo progresso de Xique-Xique, apresentar ao empresário JÓ SOARES os parabéns do Blog XIQUEXIQUE ao tempo em auguro-lhe os votos de constantes sucessos nos seus emprendimentos comerciais.

sábado, 12 de junho de 2010

Crônica: As "VARAS" DE BURITI



AS "VARAS" DE BURITI

O BURITI, cujo nome científico é Mauritia flexuosa L, é uma palmeira de grande porte, genuinamente brasileira, com folhas longas em forma de leque, cujos frutos, cobertos com escamas vermelhas, formam grandes cachos pendentes abaixo da copa. É uma planta encontrada geralmente em áreas brejosas ou permanentemente inundadas. Nela, tudo se utiliza, desde a madeira do tronco, moderadamente pesada e dura, as folhas usadas para a feitura de telhados e seus talos largamente usados nos trabalhos artesanais. É uma árvore considerada sagrada pelos índios por dela se obter tudo o que é necessário para a sobrevivência, sendo considerada como a "árvore da vida", significado da palavra buriti na lingua indígena.
Pois bem o buritizeiro é bastante popular nas áreas brejadas que existem nas vizinhanças do município de Xique-Xique (BA), como nos brejos do Icatu, vilarejo situado na margem do Rio São Francisco, pertencente ao Município da Barra e na Gameleira, situada em cima da Chapada Diamantina, onde também existem muitas áreas brejosas.
Por isso, nas feiras livres de Xique-Xique é comum se encontrar o doce de buriti, a raspa de buriti e o bolo de saeta que é uma pasta feita do fruto do buritizeiro e utilizada para fazer doces e refrescos.
Mas, para mim e as demais crianças de Xique-Xique, a parte mais importante do buritizeiro eram os seus talos ou "VARAS", utilizados pela meninada para confecção de brinquedos, já que a gente, naqueles idos da década de 1950, não contávamos com brinquedos industrializados. O talo do buritizeiro ou “”vara de buriti”, como era chamado, é a haste onde se fixam as folhas e que pode medir até 3 metros de comprimento com um diâmetro variando de 2cm a 8cm.
Oriundas geralmente do lugarejo Icatu, essas “varas” eram transportadas em canoas pelo rio São Francisco, pelos mesmos feirantes que ofereciam os produtos alimentícios derivados do fruto e, a partir da tardinha de cada sexta-feira a gente já ficava na "rampa do capim", beira do rio, esperando a chegada dos canoeiros.
A parte mole das varas era coberta por uma casca dura, que chamávamos de “tala de buriti” que quando retirada deixava a mostra o miolo, madeira mole que podia ser trabalhada com uma faca ou canivete bem amolados. A "tala" era aproveita, junto com o miolo mole no fabrico de gaiolas, em substituição ao arame.
Mas, até na aquisição dessas "varas de buriti" o poder econômico se fazia representar e as mais compridas e de maior diâmetro sempre eram adquiridas pelos filhos dos mais ricos da cidade. Os mais pobres e eu estava no meio, tínhamos que nos conformar com a aquisição das "varas" menores e mais finas, praticamente imprestáveis para se fazer brinquedos mais sofisticados. Por exemplo, para a confecção de caminhões de brinquedos somente as varas com um mínimo 5 cm de diâmetro eram utilizadas. De um modo geral as varas mais finas, da ordem de 2 a 3 cm de diâmetro apenas serviam para a confecção de gaiolas para aprisionar passarinhos.
E assim íamos levando a vida de menino pobre em Xique-Xique, que, até para se comprar uma “vara de buriti” faltava dinheiro. Mas, isso não era motivo para lamentações. Mesmo com as “varas de buriti” menores e mais finas a gente era capaz de, com habilidade e imaginação, fazer os brinquedos que nos deleitavam durante muito tempo.

FRASES PRECONCEITUOSAS

FRASES PRECONCEITUOSAS E INFELIZES

O Professor José Ribamar Bessa Freire, da Universidade do Rio de Janeiro, se dispôs a fazer um artigo sobre duas infelizes frase emitidas por dois grandes cantores brasileiros com famas internacionais. Ante a beleza da matéria, estamos divulgando, na íntegra, o artigo do Professor para que a nossa juventude aprenda, pelos menos, a respeitar os poucos políticos sérios que temos, bem como, estudar a vida dos mesmos antes de emitir um desatroso parecer. Vejamos o artigo do Professor José Ribamar:

"A FOME DE MARINA
José Ribamar Bessa Freire

Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: “Lula é analfabeto”. Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva, que tem diploma universitário.
Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, “porque ela tem cara de quem está com fome”.
Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come. Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores, cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da existência humana.
Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e enxudiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por serem iletrados e subnutridos, estariam despreparados.
Caetano Veloso e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos. Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão de silvas famélicos e desescolarizados.
De um lado, reforçam a ideia burra e cartorial de que o saber só existe se for sacramentado pela escola e que tal saber é condição 'sine qua non' para o exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o exercício da representação política.
A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos, dessa vez pisou na bola. Feio. “Venenosa! Êh êh êh êh êh!/ Erva venenosa, êh êh êh êh êh!/ É pior do que cobra cascavel/ O seu veneno é cruel…/ Deus do céu!/ Como ela é maldosa!”.
Nenhum dos dois - nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse Brasil profundo que os silvas representam.
A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se trata de um preconceito da roqueira, que só vê desnutrição ali onde nós vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado em um coque, seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão em ver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa ser delineada. Se for fome, é fome de quê? O mapa da fome
A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu sua infância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capiroto ralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica que nasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre.
Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros para cortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava. Três de seus irmãos não aguentaram e acabaram aumentando o alto índice de mortalidade infantil.
Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha, frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dieta prescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado por mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.
A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas no seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do mundo mágico da oralidade. Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e escrever.
Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso de História da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregada doméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando.
Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la, militou nas Comunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, no movimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT no Acre e depois ajudou a construir o PT. Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco, quando devolveu o dinheiro das mordomias legais, mas escandalosas, forçando os demais vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.
Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo florestal.
Combateu, através do Ibama, as atividades predatórias. Reduziu, em três anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1,5 mil empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.
Tudo vira bosta.
Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que - na voz de Rita Lee - a descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir dos ovos, “o ovo frito, o caviar e o cozido/ a buchada e o cabrito/ o cinzento e o colorido/ a ditadura e o oprimido/ o prometido e não cumprido/ e o programa do partido: tudo vira bosta”.
Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra música - ‘Se Manca’ - dizendo a ela: “Nem sou Lacan/ pra te botar no divã/ e ouvir sua merda/ Se manca, neném!/ Gente mala a gente trata com desdém/ Se manca, neném/ Não vem se achando bacana/ você é babaca”. Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice.
Numa de suas músicas - ‘Você vem’ - ela faz autocrítica antecipada, confessando: “Não entendo de política/ Juro que o Brasil não é mais chanchada/ Você vem… e faz piada”.
Como ela é mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, um pedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: “Desculpe o auê/ Eu não queria magoar você”.
A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, “ela tem cara de professora de matemática e mete medo”.
Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa imagem, se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus, com a professora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão altaneira.
Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos nós sabemos, tem cara de vampiro.
Sobra quem?
Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, untuoso, com sua cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite voraz e de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, “il péte de santé”.
O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quem se alimenta bem. Essa é a elite bem nutrida do Brasil…
Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de liderança em nosso país.
Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.


(*) Professor, coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ) e pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Bando de Lampião: O Cangaceiro JARARACA




O CANGACEIRO JARARACA

José Leite de Santana, pernanbucano, conhecido como JARARACA, era um dos mais valentes cangaceiros do bando do Capitão Virgulino.
Foi um dos mais atuantes durante o ataque feito pelo bando à cidade de Mossoró (RN), tendo, em função disso recebido um tiro no peito, e ficado estirado na rua. Como a população mossoroense resistiu bravamente ao ataque, os cangaceiros bateram em retirada deixando o companheiro Jararaca que foi dado como morto.
Logo que o bando retirou-se da cidade, mesmo temendo um retorno de Lampião o povo foi para as ruas e encontrou estendido e ferido o cangaceiro Jararaca, ainda vivo, que de imediato foi capturarado e arrastado para a prisão local, onde ficou aguardando a execução que lhe estava reservada.
Antes de ser executado, Jararaca riu com as lembranças de suavida ao lado de Lampião e, ainda na cadeira virou atração pública na cidade potiguar. Quando já apresentava alguma melhora do ferimento, mesmo sem ser medicado, ouviu que seria transferido para a capital, Natal. Era mentira. Relata quem assistiu que, “Alta noite, da quinta para a sexta-feira, levaram Jararaca para o cemitério, onde já estava aberta sua cova”. Pressentindo que ia ser sacrificado, Jararaca diz: “Sei que vou morrer. Vão ver como morre um cangaceiro!”
O capitão Abdon Nunes, que comandava a polícia em Mossoró, relatou dias depois os momentos finais do capanga de Lampião: “Foi-lhe dada uma coronhada e uma punhalada mortal. O bandido deu um grande urro e caiu na cova, empurrado. Os soldados cobriram-lhe o corpo com areia”. Tinha 22 anos de idade.


Pelas circunstâncias da morte, o túmulo de Jararaca virou local de romaria. Até hoje as pessoas rezam e fazem promessas com pedidos ao cangaceiro executado.

Propaganda Antiga: MODESS

O MODESS
Ele foi o primeiro absorvente descartável lançado no Brasil e virou "nome" de categoria. Lançado no Brasil em 1933, inaugurando os absorventes descartáveis tornou-se uma benção para muitas gerações. Nos primeiros anos o produto era importado, mas a partir de 1945, passou a ser fabricado no mercado brasileiro. O uso do Modess construiu uma história ao longo dos anos e revolucionou os hábitos da mulher brasileira, até então marcada por tabus e preconceitos sobre menstruação.
Mas, o que realmente levou a brasileira optar pelo MODESS, transformando-se numa mulher "moderna e sabendo viver", como alardeavam os reclames, era a possibilidade de "usá-lo apenas uma vez e jogá-lo fora", grande novidade para a época.
Outro apelo importante era o fato de "cusar menos que um vidrinho de esmalte"
Essas vantagens ainda preponderam nos dias de hoje?

Por do Sol em Xique-Xique (BA)



POR DO SOL

A canoa solitária apenas destaca e embeleza o espelho dourado do Lago Ipueira aspergindo áurea luminosidade por todos os lados.

É o momento do descanso do pescador que retirando o produto piscoso do seu barco deixa-o sozinho na margem do nosso Lago, certo de que o encontrará, amanhã, para mais um dia de labuta.

Poucas cidades do mundo podem desfrutar de tão bela paisagem. Lago de águas plácidas e douradas, barco solitário e um por do sol contagiante e reconfortante após um dia de luta.

Foto Antiga: Os fundadores da Maçonaria em Xique-Xique (BA)

A MAÇONARIA EM XIQUE-XIQUE


Segundo a opinião quase unânime dos historiadores sérios que estudaram a Maçonaria, a sua origem está ligada às antigas corporações dos mestres-pedreiros, existentes na idade média e que tinham como função principal a construção de Igrejas e Catedrais.
Atualmente a maçonaria é uma sociedade que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social.
Em Xique-Xique, desde 1948, existe a Loja Maçônica Luz, Verdade e Justiça, fundada pelos cidadãos ADÃO MOREIRA BASTOS, ANÍSIO MACHADO, ANTÔNIO FIGUEIREDO, JOÃO RODRIGUES SOARES, LUIZ ALVES BESSA, MARINHO PEREIRA DE CARVALHO, OSCAR COELHO DE AQUINO, OSMAR GUEDES e SAMUEL RODRIGUES SOARES, estando atualmente instalada em prédio situado na Rua Cons. Pedro Mariani, nº l.
Quando da sua criação recebeu o apoio do Grande Oriente do Brasil, bem como da Grande Loja Unida da Bahia, da cidade de Jacobina (BA) e foi administrada pelo Sr. João Rodrigues Soares, escolhido para ser o primeiro Venerável da Loja Xiquexiquense.
A foto histórica capta a presença dos maçons de Xique-Xique estando registrado entre eles alguns dos fundadores. Aguardo comentários com a identificação das pessoas que compõem a foto.



Fotos de Amantes: Casal de Gatinhos

OS ENAMORADOS GATINHOS.
O casal de gatinhos teve o namoro interrompido por algo muito importante, ocorrido às suas costas, que lhes chamou a atenção.
Será que foi o surgimento, no horizonte, da Lua Cheia?
Pela posição amorosa e pelos olhares interessados parece que sim.

Somente uma luz cheia, de preferência uma LUA AZUL, teria a força de interromper o idílio desses dois amantes.



Prefeito: CUSTÓDIO B. MORAES

Prefeito Custódio B. Moraes
– 1946-1947 –
(11º Prefeito)

Mandato: 28 de setembro de 1946-12 dezembro de 1947.
Presidente da República: Eurico Gaspar Dutra (31.01.1946-31.01.1951).
Interventor Federal da Bahia: Cândido Caldas (26.07.1946-10.04.1947).
Governador da Bahia: Cândido Caldas (26.07.1946-10.04.1947)
Otávio Mangabeira (10.04.1947-07.04.1951).

No dia 25 de agosto de 1946 o Dr. Naylor de Souza Nogueira, em atenção ao pedido do seu cunhado o Prefeito Adão Bastos, assumiu o Poder Executivo de Xique-Xique, pela segunda vez, como o 10º Prefeito nomeado, mesmo não sendo o seu objetivo já que tencionava se candidatar a Vereador na eleições de 1947. Assim, durante os poucos dias em que passou sentado na cadeira de Prefeito, o Dr. Naylor manteve contatos diuturnos, com a maioria dos correligionários, sempre assessorado politicamente pelo ex-Prefeito Sr. Adão Bastos, tendo dessas conversas surgido o nome do comerciante e fazendeiro Sr. Custódio B Moraes para substituí-lo no cargo de prefeito municipal de Xique-Xique.
No dia 19 de setembro de 1946, o Dr. Naylor enviou para o Dr. Cândido Caldas, Interventor Federal na Bahia, telegrama solicitando demissão do cargo e indicando o nome do Sr. Custódio Moraes para substituí-lo. No dia 26 de setembro de 1946, chegou em Xique-Xique o decreto de nomeação do Sr. Custódio B Moraes para o cargo de 11º Prefeito Municipal de Xique-Xique, tendo assumido no dia 28 de setembro de 1946.
Como filho da terra o jovem Custódio com apenas 31 anos de idade, estava mais do que consciente de que o município que iria governar não dispunha de condições financeiras para realizar qualquer obra de vulto. Contudo, sempre que viajava para Salvador, procurava manter contato com o deputado estadual constituinte Adão Bastos para tentar obter subvenções e recursos junto ao governador Otávio Mangabeira.
Estava na sua cabeça construir um mercado municipal, um prédio para instalar o curso ginasial, a instalação de um posto de puericultura e a pavimentação das ruas centrais da cidade.
Eram idéias avançadas para a época mas, Custódio Moraes grande idealista e sonhador, pretendia transformar Xique-Xique na pérola do Rio São Francisco. Chegou, inclusive a elaborar inúmeros projetos para transformar o visual da sede municipal, sendo forçado a arquivá-los, devido à falta de recursos financeiros.
Estavam nos seus planos, também, introduzir outros investimentos, principalmente criando escolas municipais nos distritos de Marrecas, Copixaba, Tiririca, Uibaí e Central, Lagoa de Canabrava, Chapada do Jacaré, Gabriel e Riacho de Areia, que formavam o vasto município de Xique-Xique. Pensava, também, dotar esses Distritos de água potável e postos de saúde. Mas, devido a escassez de verbas municipais, o Prefeito Custódio Moraes, pouca coisa realizou não obstante a sua tenaz luta junto às autoridades Estaduais. Tudo em vão.
O Dr. Cândido Caldas foi o último interventor federal da Bahia, tendo governado o Estado de 26 de julho de 1946 a 10 de abril de 1947, tendo, durante o seu governo participado da eleição direta para escolha do governador da Bahia, cumprindo a Constituição de 1946 retornando o regime democrático e determinando as eleições para governadores e para as assembléias constituintes estaduais que foram realizadas no dia 19 de janeiro de 1947.
Dois nomes se apresentaram para disputar o cargo de governador da Bahia: Otávio Mangabeira – pelo Partido União Democrática Nacional (UDN) e Partido Social Democrático (PSD), com vários partidos em coligação, e Antonio Garcia de Medeiros Neto – candidato do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), tendo sido eleito Otávio Mangabeira para governador e o os deputados para integrarem a Assembleia Constituinte Estadual, achando-se entre eles Sr. Adão Moreira Bastos, representante do município de Xique-Xique.
O ano de 1947 foi muito importante para o Brasil pois no mês de dezembro seriam realizadas as eleições para prefeitos e vereadores, após 36 anos sem eleições, vez que o último prefeito eleito de Xique-Xique foi o cel. Agrário Avelino, em 28.11.1911.
Algumas pessoas de Xique-Xique sugeriram que Custódio Moraes renunciasse à função de prefeito nomeado para ser um dos candidatos a Prefeito nas eleições de 1947. Mas, essa posição evoluiu para a escolha de outro cidadão chamado Aurélio Gomes de Miranda que deveria concorrer com um candidato oriundo do distrito da Tiririca, chamado José Peregrino de Souza, conhecido como Cazuza. Para a Câmara de Vereadores participaram candidatos dos distritos de Marrecas, Ibiacema, Tiririca, Uibaí Central, Lagoa de Canabrava, Chapada do Jacaré e Gabriel.
Escolhido o nome do Sr. Aurélio Miranda para candidato a prefeito, Custódio Moraes decidiu se afastar do cargo de primeiro mandatário do Município a fim de se candidatar a uma das nove cadeiras da Câmara Municipal.
No dia 29 de novembro de 1947, o Sr. Custódio Moraes, em companhia do deputado Adão Bastos, adentra o gabinete do Governador Otávio Mangabeira quando, pessoalmente lhe entregou a carta de renúncia. Em vista da urgência demandada pelas eleições municipais marcadas oficialmente para o dia 21 de dezembro, o governador apressou-se em assinar decreto designando o Sr. Francisco Emerenciano da Cruz para, como último prefeito nomeado, concluir o mandato do prefeito renunciante Custódio Moraes.
Durante o mandato do Prefeito Custódio Moraes, aconteceram os seguintes eventos:
28 de outubro de 1946: Nasceu Amintas Pires Leite, na cidade de Santo Inácio (BA) filho de Adão Moreira Leite e de Edith Pires Leite.
14 de novembro de 1946: Nasceu Maria Elda Carvalho, na cidade de Xique-Xique (BA), filha de João pereira de Carvalho e de Virgínia da Rocha Carvalho.
19 de janeiro de 1947: Otávio Mangabeira foi eleito para o cargo de governador do estado da Bahia, tomando posse no dia 10 de abril de 1947.
26 de janeiro de 1947: Nasceu Onilton Rodrigues Porto, na vila de Central – atual cidade de Central (BA), filho de Isaac Rodrigues Porto e de Francisca Oliveira Porto
28 de fevereiro de 1947: Nasceu Lunde de Souza Barreto, na cidade de Santo Inácio (BA), filha de Joel Figueiredo Barreto e de Nair Moreira Barreto.
24 de março de 1947: Nasceu Eunice Alves da Silva, no povoado de Quixabeira, distrito de Uibaí, município de Xique-Xique (BA), filha de Braulino Alves Carneiro e de Adalgisa Alves da Rocha.
28 de abril de 1947: Nasceu Risoleta Peregrino de Souza, na vila de Tiririca de Luizinho – atual cidade de Itaguaçu da Bahia –,filha de Petrônio Peregrino de Souza e de Hilda Peregrino Braga.
24 de maio de 1947: Nasceu Manoel Xavier de Oliveira, na cidade de Xique-Xique (BA), filho de Pedro Xavier de Oliveira e de Joaquina Batista Pereira
27 de maio de 1947: Faleceu Rosa Baraúna Bahia, na cidade de Xique-Xique (BA), nascida no dia 04 de setembro de 1872, em Xique-Xique. Seus pais foram Cândido Rodrigues Baraúna e Domingas Rodrigues de Jesus. Rosa Baraúna se casou com Aureliano Raimundo Bahia, em 1898, em Xique-Xique e teve os seguintes filhos: Alexandre, Joaquim, Raimundo, Izabel, Daniel, Joanna, Pedro e Luzia. Foi parteira e professora-leiga. A Câmara Municipal de Xique-Xique lhe prestou uma homenagem dando seu nome a uma de suas ruas centrais.
***10 de junho de 1947: Nasceu José Carlos Barboza Filho, na cidade de Chique-Chique, estado da Bahia, filho de José Barboza e Silva e de Amélia Soares Barbosa.
05 de julho de 1947: Nasceu Antonio Francisco das Chagas, na cidade de Xique-Xique, filho de Manoel Francisco das Chagas e de Zulmira Marques Chagas.
06 de agosto de 1947: Nasceu João Francisco Pinheiro, conhecido como “Pinheirinho”, na cidade de Xique-Xique, filho de Júlio Francisco Pinheiro e de Elizabeth Marcelina Pinheiro.
08 de agosto de 1947: Nasceu Rubem Dário Peregrino Cunha, na cidade de Xique-Xique, filho de Nizan Gomes Cunha e de Maria Peregrino Cunha.
27 de agosto de 1947: Nasceu Zilda da Rocha Carneiro, na vila de Uibaí, município de Xique-Xique, filha de João Rocha e de Josefa Pereira Rocha.
25 de novembro de 1947: Nasceu Joaquim Messias dos Santos, na cidade de Xique-Xique, filho de Pedro Messias dos Santos e de Alice Rodrigues dos Santos.
27 de novembro de 1947: Nasceu Amarante Ferreira Camandaroba, no povoado de Utinga, município de Xique-Xique, filho de Manoel Ferreira Camandaroba.

domingo, 6 de junho de 2010

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